"a importância da escola no processo de educação e instrução de pessoas para a reconstrução e desenvolvimento do país"

>> 20071227


Já não é a primeira vez que refiro o exemplo de Huíla no que diz respeito à Educação Especial (ou Ensino Especial). Porquê Huíla? É muito simples. Programei o motor de busca GOOGLE para me avisar sempre que surgissem novidades acerca das expressões "Ensino Especial" (menos usada em Portugal) e "Educação Especial". Em conclusão, tenho recebido poucas informações sobre Portugal (na sua maioria, queixas de Pais e organizações por falta de apoio do Estado às crianças com N.E.E (Necessidades Educativas Especiais) e em contrapartida, conheci o excelente exemplo de Huíla onde, ao que parece, está a haver um acompanhamento eficaz e muito bonito às crianças vitimizadas, em sofrimento, com N.E.E.
Passo a transcrever, com um sorriso e coração mais aquecido, parte da notícia de hoje:
"Mais de 250 crianças órfãs e deficientes dos centros de acolhimento Otchio, da Igreja Católica, da Associação dos Cegos e oriundas de famílias desfavorecidas da periferia do Lubango, foram agra­ciadas com vários mimos de ­Natal.
O “Natal das Crianças”, realizado no pátio do Palácio do Governo da Província da Huíla, na última semana, serviu para proporcionar um dia de família diferente aos beneficiários, principalmente aos petizes desamparados e àqueles que vivem no seio de famílias vulneráveis.
As crianças realçaram, durante o acto, a importância da escola no processo de educação e instrução de pessoas para a reconstrução e desenvolvimento do país, assim como a necessidade de se dar mais atenção aos petizes com diversas deficiências congénitas e adquiridas.
Todavia, a construção, reabilitação e apetrechamento de escolas normais e especiais, incluindo o surgimento de centros de saúde em condições de prestar todo o tipo de assistência médica, mereceu igualmente a apreciação dos ga­rotos.
No entanto, António Francisco, 13 anos, padece de deficiência visual congénita. Entre os muitos presentes na festa de Natal, foi o esco­lhido para proferir a leitura da mensagem de congratulação dos feitos do Governo para a melhoria da vida das crianças.
“Em nome de todas as crianças da Huíla e não só, agradecemos ao Governo da província por melhorar as condições da escola do ensino especial, porque hoje, não obstante a cegueira, já podemos ler e aprender muitas coisas”, realçou. António Francisco apelou, na sua mensagem, às pessoas à se solidarizarem, cada vez mais, com as pessoas portadoras de deficiência, não os descriminando, dando o apoio necessário, sobretudo nos locais públicos.
Por sua vez, a directora provincial da Família e Promoção da Mulher (Minfamu), Maria Amélia Metódio, referiu o empenho do Governo na melhoria das condições das escolas, centros de saúde, assim como noutras acções que têm a ver com o desenvolvimento psico-social das crianças.
A maior preocupação do Governo, disse, está virada para a construção e ampliação de escolas de todos os níveis, com vista a tornar o acesso ao ensino e aprendizagem mais acessível." (Estanislau Costa Lubango, Jornal de Angola online)
Nota: Em Huíla, a situação não é fácil, conforme se pode ler aqui (Sessenta por cento da população na Huíla é analfabeta in AngoNotícias por Amilcar Baptista)

Último apontamento (citação) com o qual concordo plenamente:
"(...) a tarefa de erradicar o analfabetismo deve ser de toda a sociedade e não apenas do governo" (Fernanda Cândida Ukali).


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