A SAGA das telenovelas vai invadir Timor ...

>> 20090217

"[...] São Paulo - A partir deste mês, as produções da Globo Internacional serão vistas pelos telespectadores do Timor Leste. A distribuidora acaba de fechar acordo de 3 mil horas de programação diversificada com a RTTL - Radio e Televisão do Timor Leste, principal grupo do país. Até o final de 2014, os timorenses terão acesso a documentários, novelas, infantis e séries produzidos pela TV Globo no Brasil.

O pacote será inaugurado com a novela Sinhá Moça. Ainda este ano, serão exibidos os humorísticos A Diarista e A Grande Família, além de Malhação e Sítio do Pica-Pau Amarelo. Já no mercado asiático, a Globo informou que no ano passado o seu faturamento cresceu 200% em relação a 2007. A emissora já tem produções exibidas na Índia, Coreia do Sul, Macau, Cingapura, Malásia, China e Indonésia. [...]" (Por AE)

As minhas sinceras condolências ...

24 comentários:

Ken Westmoreland quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009 às 12:11:00 WET  

Depois de ver a programação chata da RTPi na TVTL, a programação de TV Globo pode ser apenas uma melhoria - e pelo menos os timorenses poderam vê-la no português original em vez de ser dobrada em indonésio!

Margarida Azevedo quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009 às 17:44:00 WET  

português original??? A que programação chata se refere? Aliás, não conheço nada da programação televisiva em Timor.

Sei que há excelentes programas, séries, filmes culturais, lúdicos didácticos, reportagens e que ... mais um a vez, outro governo opta por aquilo que é fácil, para entreter e ... enfim.

É mau e quem paga o preço é o povo que não tem opção. De qquer modo, se a coisa fica por Dili, o mal é menor.

Espero que o povo timorense não perca a sua cultura, a sua identidade.

Ken Westmoreland quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 às 04:39:00 WET  

Estava a referir à programação da RTPi, que é de pouco interês a uma audiência internacional, sem falar de uma audiência que não fala português.

A cultura dos timorenses sobreviveu o militar indonésio, portanto pode sobreviver TV Globo.

Anónimo,  sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 01:48:00 WET  

Sou uma lusofona (portuguesa) e lusofila convicta ate as entranhas. Vivo em Timor. Fico abismada porque as criancas timorenses (as que nasceram ja depois da partida da Indonesia) sao mais fluentes em indonesio que em portugues. Abro a TV e fico impressionada com os programas da RTP internacional. Sao maioria programas da RTP 2 (a excepcao da praca da alegria) que nem os portugueses veem.
Nao sou fa de telenovelas de qualquer tipo. Mas tambem nao tenho pudores de qualquer especie em relacao a cultura "pimba" se e essa que faz com que o timorense fale portugues (tenha ele que sotaque tiver). Se a maioria dos timorenses gostam de Quim Barreiros, da Little Missy, de musica sertaneja e quejandas e se isso abre portas ao portugues, peco desculpa se ofendo, mas rapidamente temos de despir a roupa de "erudicao" (documentarios sobre Historia de Portugal ou sobre os vinhos sao muito interessantes, mas a maioria dos timorenses nem percebe o que diz o Hermano Saraiva, quanto mais atinge a mensagem que e passada) ou nunca chegaremos a lado nenhum com a lusofonia em Timor!!! Por isso, a iniciativa da Globo so peca por tardia!!!
Lembremo-nos que a nossa patria e a lingua portuguesa - a de Eca mas tambem a do Ze Povinho que, diga-se a bem da verdade, foi o verdadeiro responsavel pelo facto de ainda haver palavras portuguesas em muitas linguas do mundo - nao foi a "erudicao" que espalhou o portugues...

Margarida Goncalves

Margarida Azevedo sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 02:03:00 WET  

Cara Margarida, a liberdade de expressão é algo de maravilhoso!

Obrigada por partilhar.

Pessoalmente, não concordo consigo em quase nada (para não ser radical já que na verdade, discordo imenso) mas lá está ... :/

Viva o Zé Povinho? Naaaa ... Vivam as pessoas com aquilo a que têm direito e que lhes tem sido sonegado de maneira aflitiva. Mas pelos vistos há quem goste.

Já é tarde, boa noite.

Anónimo,  sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 02:21:00 WET  

Talvez haja possibilidade de, no futuro, os timorenses compreenderem a utilidade de um bom documentario.
Por agora, ha que ser pragmatico e o objectivo e que as pessoas falem portugues. E se isso implica entrar em "guerras" comerciais televisivas e com conteudos menos suculentos (pao e circo), paciencia, do mal o menos, ou entao perdemos definitivamente o barco para outros.
Eu penso como o Ken: a cultura timorense certamente sobrevivera as telenovelas brasileiras. E talvez comecem a compreender de onde vem algumas das palavras que empregam quando falam tetum (ha ainda quem pense que "sempre" e "nunca" sao palavras exclusivamente timorenses...). Talvez a exposicao a outras culturas reforce tambem o seu vinculo de identidade, sendo que algumas transformacoes que venham a ocorrer fazem parte de todo o processo. Mesmo na Indonesia, os timorenses sabem bem (e orgulhosamente) o que sao e porque sao diferentes dos javaneses, mesmo vivendo em Java ha muito tempo.
Quando puder, visite a cidade estudantil de Yogyakarta e vera do que estou a falar (Yogya, uma cidade onde deveria haver um nucleo do instituto Camoes dado que sao varias as centenas de timorenses que la estudam, sendo que tambem muitos indonesios, por motivos variadissimos, tem curiosidade em aprender portugues mas nao tem oportunidade...)
Margarida Goncalves

Margarida Azevedo sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 02:32:00 WET  

De acordo com muitos estudos sobre o assunto, a cultura das telenovelas, da irrealidade, dos mundos superficiais 'tornados' perto, à distância de poucos metros mas separados abissalmente já que não existem a não ser para pequenas elites, não é a melhor forma de transmitir cultura e muito menos educação em sentido bem sério, responsável.
É um disparate tremendo tomar esse género 'barato' de difusão de informação como um meio de cultura e de preservação da mesma (referindo-me aqui à cultura e identidade timorense).
Ficará bem mais caro ao estado timorense um dia tentar recuperar de mais uma invasão deste género.

Santa paciência ... aprenda-se e ensine-se Tétum, Português e Inglês, não se percam os restantes dialectos, ajudem as pessoas a poder escolher o que querem ver depois de terem ferramentas para tal.

Aqui são 2:30 da manhã, o dia foi longo, a maneira de falar pode não ser agradável mas quanto ao conteúdo, não tenho grandes dúvidas e naturalmente, há fundamentação para o que afirmo.

Margarida Azevedo sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 02:52:00 WET  

Já agora ... vive em Timor mas está por cá a passar férias ou em trabalho, não é?

Boa 'note' ...

Anónimo,  sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 03:08:00 WET  

Compreendo a sua opiniao e subescrevo-a em parte (como ja disse, nao sou fa de telenovelas e quejandas nem lhes vejo grande utilidade para alem do entretenimento circunstancial), mas falo de um ponto de vista pragmatico, porventura economicista, mas tambm do ponto de vista da glotopolitica e da glotoestrategia, num contexto altamente competitivo (se nao sao as telenovelas brasileiras, sao as indonesias...) da utilizacao da lingua enquanto meio de comunicacao que facilita os contactos entre as pessoas, do valor comercial das linguas, mormente da lingua portuguesa. Porque sem "pilim" nao ha cultura nem tudo o resto. E redutor, bem sei, mas extraordinariamente realista, e ha tambem imensa fundamentacao para o que estou a afirmar e que vai muito para alem dos estudos academicos - sendo um mito de que sao todos independentes, i.e. e pura ingenuidade pensar que sao.
Disse e muito bem que as pessoas tem direito a escolher quando tiverem os instrumentos para tal. Se ainda nao os tem, como podem escolher? Alem disso, quem disse que ja nao foram feitas escolhas? Porque bocejam os timorenses com espectaculos de fado mas vibram com Quim Barreiros e kizomba? O que tem de mal a cultura popular? E entretenimento!!E tambem estupidificante, assumo que e assim na maioria das vezes. Mas julgo ser ingenuidade pura pensar que a cultura erudita, a que educa mas que sempre pertenceu as elites venha a ser assim facilmente disponibilizada por essas mesmas elites que, se o fizessem (o saber-poder) deixavam de o ser.
Defesa dos dialectos? Claro que sim! Veja como fataluku sobreviveu e sobrevive lindamente (e sao os da ponta Leste quem melhor fala o indonesio, ainda hoje...).
A minha principal preocupacao e "penso eu de que" a principal questao sera esta: pretende-se mesmo que Timor seja um verdadeiro pais lusofono, numa regiao economicamente dinamica e competitiva, tambem em termos de glotopolitica? Ou andamos a olhar para os passarinhos?
O acesso a cultura, a informacao, ao saber e excelente, mas olhe para 2500 anos de civilizacao ocidental e 5000 de oriental e demonstre-me que as grandes evolucoes/revolucoes que ocorreram nao beneficiaram sobretudo as elites (ou acredita que a Revolucao Francesa trouxe uma serie de novos conceitos para beneficiar o povo e nao a burguesia rica farta da aristocracia e dos seus tiques)
Bem, ja estou a fugir ao tema.
Boa noite.
Margarida Goncalves

Margarida Azevedo sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 11:07:00 WET  

Quando as questões económicas passam a sustentar as políticas culturais e da educação o resultado é geralmente desastroso. Note-se o caso português e os 5 discos de platina do cantor Tony Carreira. Em Portugal, há imenso analfabetismo (agora camuflado)literal e funcional. Cultura a sério, e essa coisa da erudição tem muito que se lhe diga e não vou entrar por aí porque - como sabe certamente melhor do que eu - há telenovelas baseadas em obras excelentes e outras, ou ao mesmo tempo, realizadas, produzidas com uma mestria inigualável e que, porque não considerá-las arte?. Errado está o exagero e o uso descontextualizado. E muito lixo que praí se vende e vê ...Ficaria provavelmente mais barato ensinar e educar as pessoas mas há quem opte pelas saídas mais coloridas e populares. Seria sem qualquer dúvida uma enorme causa!!!
Considero um desperdício de dinheiro investir em séries de telenovelas tal como mauzinho o seu discurso politizante da cultura que mais me lembra o Realismo Socialista.

Oxalá a Margarida Gonçalves não esteja num cargo com poder de decisão nestas áreas ou então Timor está desde já a perder ...

Não é nada pessoal.

Nota: sobre 'por cá' refiro-me a Portugal. No entanto, pode muito bem estar em Timor, há programas que 'baralham' bem os IP's ... é claro que tb há outros que os mostram com razoável qualidade. Pequenos pormenores ...

Ken Westmoreland sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 às 16:50:00 WET  

Faça favor, não refera às línguas de Timor Leste com "dialectos". Para descrever tétum, vaiqueno e fataluco como "dialectos" é tão absurdo como referir ao português, o inglês e o finlandês naquela maneira. São línguas!

Margarida Azevedo sábado, 21 de fevereiro de 2009 às 05:17:00 WET  

Sem qualquer favor, lamento a minha ignorância. Gostaria de saber mais sobre o assunto, por exemplo, quantas línguas há no planeta terra? E em Timor? E em Portugal???

Cordialmente,
m.

Ken Westmoreland sábado, 21 de fevereiro de 2009 às 10:51:00 WET  

Em Timor Leste, há quinze línguas indígenas: ataurense, baiqueno, becais, búnaque, cauaimina, fataluco, galóli, habo, idalaca, lovaia, macalero, macassai, mambai, quémaque e tocodede.

Ken Westmoreland domingo, 22 de fevereiro de 2009 às 18:28:00 WET  

Abro a TV e fico impressionada com os programas da RTP internacional.

Deve ser a única pessoa na planeta que fica impressionada com eles. São a razão que os timorenses ainda preferem a televisão da Indonésia.

Outra coisa: os portugueses ouviram falar de legendar a sua programação noutras línguas, como legendam a programação estrangeira em português no seu próprio país?

Anónimo,  segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 01:03:00 WET  

Caro Ken,

quando escrevi "impressionada" com os programas da RTP internacional nao foi na perspectiva mais positiva... Nao na minha opiniao, que ate gosto de alguns programas. Mas na perspectiva de varios timorenses que conheco e que preferem uma telenovela indonesia com mulheres de jilbab a chorar compulsivamente. E depois, da-me vontade a mim de chorar.

Cara Margarida,
Nao se preocupe que nunca vou ter influencia nestas decisoes.
Mas deixe-me acrescentar: o problema da cultura pimbalhona, em Portugal, esta num patamar completamente distinto do de Timor. Aqui, em Timor, o problema reside na re-introducao do portugues numa regiao onde o ingles e particularmente o indonesio sao concorrentes directos e nao tem pejo em fazer passar a sua mensagem seja ela de que forma for (alem de que ha tambem bons programas nas tvs indonesias, nao e so "pimbalhada javanesa" e festas de dangdut). E essa e que e, julgo eu, a principal preocupacao no curto/medio prazo.
Considero que a sua opiniao tem grande valor noutras realidades que nao a timorense, onde parece que a Margarida ainda nao compreendeu que a maioria das pessoas compreende mas NAO DOMINA o portugues. Se nao nos preocuparmos com isto e apostarmos em estrategias que nao se compadecem com a competicao regional, teremos criancas a falar mau portugues e excelente indonesio, como ja agora se ve. E isto que a Margarida pretende??? Porque e isto que esta a acontecer!!!!
O resto, desculpe, mas sao cantigas de elitezita.
MG

João Paulo Esperança segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 02:32:00 WET  

Vi "O Sitio do Pica-Pau Amarelo" em Portugal quando era pequeno e nem a minha cultura nem a minha identidade portuguesa foram ameacadas por isso.
Nao via muitas telenovelas, mas abri uma excepcao para o "Pantanal" na minha mocidade, e tambem nao fiquei mais pobre culturalmente por isso.

Como diz o Ken e mais algumas pessoas nestes comentarios, nao vale a pena tapar o sol com a peneira, a cultura popular de massas existe e vai continuar a existir. A unica questao que se poe em Timor eh se a que eh consumida pelo publico vai continuar a vir da Indonesia ou se vira dos paises da lusofonia.

E aqui estou a falar de estrategia e de uma politica cultural para o pais - nao me move nenhum odio ah cultura indonesia (e ate gosto dos espectaculos de dangdut...)

Anónimo,  segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 06:07:00 WET  

Eu tambem gosto de dangdut... E adoro os programas de discussao politica nos canais indonesios(com os tradicionais debates, mas tambem com concursos populares, jogos, entrevistas ficticias ao Gus Tur e a Megagati), sinonimo de democracia jovem e de populacoes ainda interessadas em algo que acreditam poder mudar a sua vida. E os timorenses veem estes programas, na RCTI, na TV1, na Metro TV...
O verdadeiramente optimo era que os timorenses fosse fluentes tanto em portugues como em indonesio (Pramoedya Ananta Toer nao deve constar na lista de livros eruditos da outra Margarida, parece-me...)

Caro Ken,
As legendas sao uma excelente ideia!!! Admito nunca ter pensado nisso.

Cumps,
MG

Anónimo,  segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 08:51:00 WET  

So mais umas "coisitas":
Margarida disse...
"Quando as questões económicas passam a sustentar as políticas culturais e da educação o resultado é geralmente desastroso."

Bem, na Coreia, ha mais de 2 geracoes, decidiu-se impor quotas para acesso a cursos universitarios, reduzindo substancialmente as vagas (publicas e privadas) para cursos de humanisticas e aumentando as vagas e os incentivos (bolsas) para cursos tecnicos e engenharias. Pretendia-se dotar o pais de recursos humanos qualificados para conseguir acompanhar uma remodelada estrutura produtiva que se prentendia ser altamente competitiva (e, portanto, com base em pressupostos de crescimento e desenvolvimento economico).
Sera que e mesmo verdade que quando se enformam estrategias de educacao as questoes economicas (e nao economicistas) nao deveriam ser mesmo o mote dominante? Veja as diferencas entre o desenvolvimento economico da Republica da Coreia e de Portugal... E na Coreia nao consta que haja indices significativos de analfabetismo funcional, assim como nao consta que os linguistas, poetas e sociologos tenham deixado
de existir...

"Note-se o caso português e os 5 discos de platina do cantor Tony Carreira."
Tony Carreira, esse "artista" que chegou a afirmar que tem gostos pessoais muito diferentes daquilo que canta. Mas se produzisse os estilos que mais gosta, morreria de fome. E com a barriguita vazia, nao ha Eca ou Camoes que se engula...
Margarida Goncalves ( e este e mesmo o meu nome)

Ken Westmoreland segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 09:00:00 WET  

JP, que pena que não pude reunir-me consigo quando estava em Díli.

Margarida G, já demonstrei a utilidade da legendagem neste sítio. Tudo do software que usei foi grátis.

A TVTL é disponível via a satélite indonésia Telkom 1 desde Darwin até Macau. Tem uma audiência potencial de milhões. HBO na Indonésia tem legendagem em indonésio, Star World em Singapura tem legendagem em chinês. Em vez de confinar o português a um gueto, a legendagem apresentaria a língua a pessoas que não a falam.

Margarida Azevedo segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 10:38:00 WET  

MG,

é com muito gosto que defendo e aprecio a cultura. Pessoalmente, posso não gostar de alguns géneros mas tal não significa nada mais do que isso. Estatisticamente, é natural que saia da média e que me insira num grupo minoritário de pessoas que se interessam pela erudição. é pena ... Mas não estou sozinha o que é de certo modo animador. Se isso para si é motivo de chacota, é problema seu...

O JP fala de uma série e uma novela que se destacaram pela qualidade, a primeira, de carácter didáctico, entre outras e a segunda, as belas paisagens e uma data de aspectos mencionados pela crítica especializada. Constituem ambas exemplos que referi em comentário anterior.
Essa coisa do 'fazer mal' é também relativa... Até pode ter feito e o JP não ter dado conta! A vida tem dessas coisas ...

o Tony Carreira é um vendedor, é pena que não tenha lutado por algo melhor já que ele próprio diz o que diz.

Ken, os portugueses legendam as suas obras sempre que necessário e possível. Ou seja, filmes, documentários geralmente são legendados em outras línguas. ao que parece, gosta de criticar a RTPi. OK ... já se percebeu a ideia desde a primeira vez que falou no assunto. Mas é claro, pode sempre bater mais no ceguinho como aqui se diz.

A 'outra' Margarida, que pelos vistos sou eu, já deu o que tinha a dar para esta conversa que de construtiva até tem algo mas que tudo perde quando o verniz começa a estalar. E este aspecto não me toca porque não o uso.

Fiquem bem

Ken Westmoreland segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009 às 17:32:00 WET  

os portugueses legendam as suas obras sempre que necessário e possível.

????? Em que canal? Em que língua?

Não nunca vi programação da RTPi com legendagem numa outra língua. A única legendagem pelos portugueses é em português, para os portugueses, como a programação da RTPi é dos portugueses, para os portugueses. A assunção é "se não puder falar a nossa língua, não deve olhar o nosso canal."

Esta mentalidade do gueto dá a falsa impressão que os portugueses são chauvinistas linguísticas como os franceses, que dobram qualquer programa ou filme estrangeira.

Na Ásia, os canais da BBC são legendados numa variedade de línguas estrangeiras - BBC Entertainment em chinês, coreano, e tailandês, BBC Knowledge em indonésio. Não recebem nenhuns fundos públicos, portanto precisam de ser localizados.

A rede francófona TV5Monde tem legendagem noutras línguas, embora sejam na maior parte em línguas europeias, com a exepção do árabe.

João Paulo Esperança terça-feira, 24 de fevereiro de 2009 às 09:04:00 WET  

Ao contrario dos timorenses eu tenho pessima memoria para nomes e caras, o que me causa embaracos frequentes. Margarida Goncalves, nos conhecemo-nos? Pareces viver em Timor com os pes na terra e os olhos abertos para o que se passa no Timor das pessoas comuns (sim, ha vida para alem do bar e das recepcoes do Hotel Timor!...) - coisa rara entre os malais ca da praca.

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