Jamais esqueceremos o 12 de Novembro de 1991

>> 20091111

Levi Bukar Corte-Real - foto de arquivo 2009 / DR

Uma pequena homenagem a todas as pessoas que a 12 de Novembro de 1991 levaram a cabo uma das primeiras acções que acabaram por dar visibilidade internacional à luta do povo timorense rumo ao caminho da libertação e ao acordar das mentes adormecidas ou desistentes. Muitos foram cobardemente assassinados, muitos ficaram mutilados, outros sobreviveram. Alguns estão perto, outros distantes mas jamais serão esquecidos. A permanência no local de pessoas como Max Sthall e Steve Cox que tiveram a coragem de fazerem as imagens possíveis sobre os acontecimentos, deram a voz e "alimento" ao exterior para não mais se calar por Timor-Leste.
Quero deixar aqui um abraço forte a ambos e a todos aqueles e aquelas que permaneceram fieis aos designíos de toda uma luta de libertação de décadas, levada a cabo com sacrifícios dos quais ainda hoje muitos sofrem as suas consequências.


fotograma do video de Max Sthall... Levi Bukar Corte-Real sangra, agarrado por um companheiro no cemitério de Sta. Cruz, Dili / 12 Novembro 1991

Um dia esta estória e muitas outras verão a luz do dia, por ora, exemplos como o do Levi continuam numa ligeira sombra de pesado silêncio, ele próprio assim o quer. Quantos mais haverá?

JAMAIS ESQUECEREMOS! Obrigado!

6 comentários:

Anónimo,  quarta-feira, 11 de novembro de 2009 às 15:48:00 WET  

Um dia essas histórias vão ser escritas. Cabe sobretudo aos historiadores tal tarefa.
Força!

Ao Arlindo um apelo: volta que o teu país precisa de ti! O teu país precisa de todos vós.

Daqui um forte abraço a todos e todas as timorenses que por esse mundo fora tentam de uma maneira ou de outra resolver as suas vidas de volta ao país Onde o Sol Nasce!

Anónimo,  quarta-feira, 11 de novembro de 2009 às 16:13:00 WET  

http://feto-global.blogspot.com/2009/11/constancio-pinto-12-nov91-is-massage-of.html

Anónimo,  quarta-feira, 11 de novembro de 2009 às 16:22:00 WET  

"Constancio Pinto, o principal mentor da organizacao da minfestacao do dia 12 de Novembro de 1991 lembrou no seu livro - East Timor Unfinished Struggle publico em Boston, USA em 2006 que nunca esperava ABRI - Forca de Defesa Indonesia estacionada em Dili ia abrir fogo contra uma manifestacao pacifica no cemiterio de Sta. Cruz Dili, mas entendeu que o acto barbaro da ABRI so reforca a resistencia pela auto-determinacao e constituiu uma chamada de atencao a camunidade internacional acerca da violacao dos direitos humanos em Timor Leste, ao mesmo tempo, dedicou uma mensagem especial aos lideres timorenses dentro e fora que nao desanimem, muito menos, deixar de alinhar com jovens, Falintil e o Comandante em Chefe Kay Rala Xanana Gusmao em levar avante a luta pela Independencia nos anos noventa."

http://feto-global.blogspot.com/2009/11/constancio-pinto-12-nov91-is-massage-of.html

Anónimo,  quarta-feira, 11 de novembro de 2009 às 16:24:00 WET  

Entrevista em tétum a Constâncio Pinto, pelo STL, 11 Novembro 2009, aqui:

http://forum-haksesuk.blogspot.com/2009/11/entrevista-ho-embaixador-constancio.html

Anónimo,  quarta-feira, 11 de novembro de 2009 às 16:52:00 WET  

http://forum-haksesuk.blogspot.com/2009/11/entrevista-ho-embaixador-constancio.html

loriku dili,  domingo, 15 de novembro de 2009 às 10:55:00 WET  

HERÓI MEU
O nascimento no paraíso da terra oprimida
A passagem na pátria amada
A juventude feliz e gozada
Com amor dos amados
Abrem-se as asas da liberdade
Nasceu o sonho pela liberdade
Liberdade traída e rasgada
Com Irmãos em guerra revolucionária
Divididos pelos princípios,
Princípios temporais
No tempo dos homens
Os homens temporais
No espaço e tempo do universo
Herói meu,
Armas em mãos
Na luta sem medo
Contra invasores estrangeiros
Deita-se o vosso corpo
Pelo colo da terra mãe
Pelo sonho da liberdade
Liberdade pelo rumo divergente
Divergência dos irmãos divididos
Traídos e abandonados
Sois da terra mãe, eis o vosso amor, o vosso sonho, a vossa razão
A última suspira na vossa boca seca e bem amarga,
As lágrimas que choram
Na matança sem fim
O sangue derramado pelo amor sem condição
Terra mãe
Paraíso misterioso
Mistérios dos corpos perdidos e almas dos desaparecidos
Sem campas e esquecidos
Verdadeiros heróis e traídos,
Dos corações rasgados
Rasgados pelas verdades enterradas
Verdades dos irmãos guerreiros
Em guerra dos abandonados
Herói meu
Hás-de se lembrar
De novo serreis ressuscitado
Ressuscitado na memória dos seus filhos
Os filhos dos esquecidos, dos bravos guerreiros sem medo
Herói meu
Mereceis a honra
Prometerei e direi
Não morrereis em vão
Por sois meu herói
Eis meu amor
Eis minha lembrança
A lembrança eterna e as saudades que doem
As dores dos que amam
Pela bravura na luta sagrada
Tombado pela pátria
A pátria libertada
Herói meu
O falecimento no paraíso libertado!


Loriku.

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