Timor-Leste e GALP Energia assinam acordo nos petróleos

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Díli recebeu a primeira “Conferência sobre Energia em Timor-Leste” que antecipa a criação da agência de extracção de petróleo nacional. A experiência de empresas como a GALP, Petrobras e SONANGALP (empresa subsidiária da SONANGOL e GALP) no ramo da extracção e refinação petrolífera leva o Governo de Timor-Leste a convidar os seus representantes para a assinatura de um protocolo de cooperação.

Fernando La Sama Araújo, presidente do Parlamento de Timor-Leste, teve as honras de abertura da conferência, onde salientou “a história que une Timor-Leste e Portugal, bem como a amizade entre os países de Língua Oficial Portuguesa, nomeadamente o Brasil e Angola como factores chave para a assinatura do acordo”.

O CEO da GALP Energia Portugal, Ferreira Oliveira, enalteceu “a experiência da GALP adquirida com a sua presença em todo o mundo como indicadora de se tornar no parceiro ideal para Timor-Leste”.  O gestor apontou, através de um gráfico, que nos últimos anos os países têm aumentado a capacidade de produção petrolífera e que “as empresas são cada vez menos detentoras dos direitos do petróleo em benefício dos próprios países produtores, sendo este um fenómeno positivo”.

A tendência no mundo é aumentar a produção do biocombustível, no entanto, a exploração do gás natural vive uma “época de ouro”.

“A idade do ouro do gás natural está a ser agora e vai manter-se pelos próximos anos”, reconhece Ferreira Oliveira. “A sua produção será aumentada e será precisamente na indústria e na produção de eletricidade que o mundo vai consumir gás natural. Os transportes, no entanto, manterão o consumo convencional nos próximos anos”, sublinhou o CEO da GALP.  No que diz respeito ao investimento em energia no mundo para as próximas décadas, Ferreira Oliveira prevê para os oito triliões de dólares norte-americanos em petróleo, sobretudo no sector dos transportes, e sete triliões para o gás natural no sector da electricidade.

“A indústria do petróleo e do gás natural vai ser vibrante nos próximos 35 anos, especialmente no Brasil e no Médio Oriente. Timor-Leste está na corrida, mas para tal vai precisar de investir na formação”, prevê o gestor.

“O grande desafio para este país será preparar os cidadãos na aquisição de experiência. A GALP está preparada para ajudar Timor-Leste a participar nesse grande projecto da humanidade”, concluiu Ferreira Oliveira, na sua intervenção no primeiro dia da conferência de energia. 

O representante da subsidiária da SONANGOL e GALP, Renato Azevedo, administrador em Luanda da SONANGALP, apresentou um pouco da história recente do processo de formação da companhia nacional de Angola, SONANGOL, e salientou o compromisso de honra mantido por aquela companhia com as empresas privadas durante o processo de independência em 1975.

“Angola é um exemplo de país que honra os seus compromissos antes da independência, mantendo-os actualmente, com os respectivos arranjos contratuais inerentes à actual conjuntura”, rematou o gestor de origem brasileira.

Angola serve como um bom exemplo de mercado petrolífero para Timor-Leste, uma vez que ambos países passaram por um processo recente de libertação nacional.

Renato Azevedo referiu que a SONANGOL “é um Estado, pois actua em todos os sectores de petróleo”. A empresa está representada na distribuição para todo o mundo, através de companhias como a ENI, BP e Shell e em Portugal a SONANGOL está representada através da SONANGALP.

* Especial para o Jornal de Angola
Manuel Ribeiro | Díli * - 02 de Julho, 2011


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